Paulo Niemeyer e Carlos Oliveira Santos com Filipa Roseta, vereadora para a habitação da Câmara Municipal de Lisboa.
(Na fotografia anterior, Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Filipa Roseta, vereadora para a Habitação, Joana Almeida, vereadora para o Urbanismo, com Paulo Niemeyer e Carlos Oliveira Santos)
Um livro que é mais do que um livro
Carlos Oliveira Santos
Projeto Niemeyer Lisboa 1991
Por ocasião da publicação do livro Um Niemeyer É Sempre Um Niemeyer de Carlos Oliveira Santos e da vinda para o respetivo lançamento de Paulo Niemeyer, arquiteto e bisneto de Oscar Niemeyer, a Câmara Municipal de Lisboa recebeu-os, no dia 19 de Outubro de 2022, em audiência, com o propósito de considerar a retomada do projeto de Oscar Niemeyer para a cidade, datado de 1991. Neste ano, a Fundação Luso-Brasileira para o Desenvolvimento solicitou a Oscar Niemeyer um projeto para a sua sede. O arquiteto apresentou e doou o seu projeto, previsto para um terreno com 16 mil metros quadrados, na Quinta dos Alfinetes em Chelas, de face para as Olaias.
https://arquivos.rtp.pt/conteudos/sede-da-fundacao-luso-brasileira/
Contudo, a Fundação não conseguiu construir o projeto e levou-o a uma situação de falência. A obra (em escombros das fundações) parou em 1999 e os terrenos voltaram para a posse da Câmara de Lisboa, que assumiu os prejuízos, segundo se publicou, da ordem dos 750 mil euros.
Em 2010, o então presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, manifestou as suas intenções quanto ao projeto: a autarquia “continua interessada em construir” o projeto, estando “à procura de entidades, nacionais e brasileiras, com quem possa estabelecer uma parceria” para o levar por diante.
Um projeto de Oscar Niemeyer, como se provou inúmeras vezes, mais recentemente em Niterói e em Avilés, é um poderoso recuperador de zonas degradadas, gerando um urbanismo renovado, com uma grande capacidade de atração. Daí esta importante iniciativa de retomar o interesse da Câmara de Lisboa neste projeto.